abril 04, 2006

I

poesia, passando o tempo em
que (sem saber o quanto querias
gemer ou o que querias dizer
quando me obrigavas, lenta
& subitamente, a fazer um
poema; quando me obrigavas,
mas eu não conseguia, nunca,
parir a tal poesia desejada)
fiz tudo o que me exigias,
pude descobrir que não há
coisas a mais, coisas amenas,
mas há coisas más: coisas doídas.

II

sempre entender que há - em outras
tantas ações - movimentos diversos,
mesmo se, para isso, tivéssemos que
partir a síntese dos versos da poesia
(& tudo então seria permitido); mesmo
se sempre pudéssemos entender porque
se diria: não, direções, adversas rimas.

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