agosto 11, 2009

li isto em algum lugar, otávio, e é verdade, sei agora que é: tenho ciúme desse cigarro que você fuma tão distraidamente. sei que tenho. você não tem? tenho inveja do tempo que você leva para acender um cigarro, sempre dispendioso; da fumaça que você solta arrogante e engole mais uma vez, em dois tempos. e eu não tenho tempo para explicar mais: a frase, no original, era dividida ritmicamente em dois períodos - um para o ciúme, outra para a distração. também divido você em dois períodos: um para ser, outro para... não, não queria ser tão óbvia. não queria sacar uma referência só para ser referencialmente óbvia depois. e sim, otávio, eu sei onde li o poema que cito (não cito de memória). não queria é que você soubesse. e você sabe, eu sei.

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