você se infiltrava
de veranices
tolices
ice-
creams
novembro 29, 2006
novembro 21, 2006
dois cummings por renan
in just-
já Quase-
primavera quando o mundo é doce-
barro o pequeno
baloeiro coxo
assovia longe e baixinho
e jocaegui vêm
correndos das bulicas e
piratarias e é primavera
quando o mundo é lamaravilha
o esquisito
velho baloeiro assovia
longe e baixinho
e dudaebel vêm dançar
cirandas e pular-corda e
é primavera
e o baloeiro
pédeBode assovia
longe
e
baixinho
* * *
Buffalo Bill
Buffalo Bill
defunto
que montava
um garanhão prata
maciocomoágua
e derrubava umdoistrêsquatrocinco pombosdessejeito
Jesus
ele era um homem elegante
e o que eu quero saber é
como vocêr quer seu menino olhosazuis
Senhora Morte
novembro 13, 2006
cartier-bresson
novembro 07, 2006
licoroso francês (ou paris é um affair)
os suspiros envoltos
em doces abraços
embebidos de cherry
brandy eram na verdade
tentáculos óbvios
agora, imóvel no banco da praça
noto que você, andando
ao léu em volta da torre
é bem mais conceitual
do que concebi na cama
com um sorriso amarelo
engulimos a seco uma
declaração de amor inventado
em doces abraços
embebidos de cherry
brandy eram na verdade
tentáculos óbvios
agora, imóvel no banco da praça
noto que você, andando
ao léu em volta da torre
é bem mais conceitual
do que concebi na cama
com um sorriso amarelo
engulimos a seco uma
declaração de amor inventado
novembro 06, 2006
poesia (ainda) de carnaval [Lavínia Rotrèvre]
a avenida era extremamente colorida.
a escola, a bateria
e as passistas também.
só eu era cinza.
eu era a cabrocha que queria
sambar ouvindo rock
inglês.
por isso fiquei em casa
bebendo uma xícara de chá
e usando roupas bem-comportadas,
sem lantejoula nenhuma.
mas, só de fantasia,
uma vez eu fui uma puta
cheia de glitter e purpurina.
às cinco em ponto sentei na mesa,
de cinta-liga e mini-saia,
e pedi que me servissem o chá.
às sete fui para a festa
e às nove e meia voltei
por algumas horas a ser aquela
brasileira de sempre.
duas e dezoito da manhã fui embora do seu apartamento
sem dizer adeus
sem dizer nem mesmo meu nome.
já em casa, às quatro e quarenta e três,
tomei a última garrafa de vinho francês
que restou da minha decadência.
uma cachaça cairia bem.
a escola, a bateria
e as passistas também.
só eu era cinza.
eu era a cabrocha que queria
sambar ouvindo rock
inglês.
por isso fiquei em casa
bebendo uma xícara de chá
e usando roupas bem-comportadas,
sem lantejoula nenhuma.
mas, só de fantasia,
uma vez eu fui uma puta
cheia de glitter e purpurina.
às cinco em ponto sentei na mesa,
de cinta-liga e mini-saia,
e pedi que me servissem o chá.
às sete fui para a festa
e às nove e meia voltei
por algumas horas a ser aquela
brasileira de sempre.
duas e dezoito da manhã fui embora do seu apartamento
sem dizer adeus
sem dizer nem mesmo meu nome.
já em casa, às quatro e quarenta e três,
tomei a última garrafa de vinho francês
que restou da minha decadência.
uma cachaça cairia bem.
novembro 04, 2006
Assinar:
Postagens (Atom)