Lavínia deitou no sol; o corpo nu fremia, excitado. Gritava, sozinha nas pedras arredondas do rio veloz. Good day sunshine, meu velho amigo. Surgindo de alguma lembrança de poemas únicos, e primeiros, tenta pronunciar – entre um sorriso – o nome Imre; depois desiste dessas coisas tristes (destas palavras em branco) e mergulha nas águas diáfanas.
Com os olhos fechados deixa-se ficar deitada na correnteza que massageia seu branco corpo submerso; a cor vermelha dançando nas suas pálpebras. Então aperta os olhos até o cinza, e depois o preto; a barulho da água em repeat. Solta – vermelho lúdico – e aperta – cinza estático –; o som da cachoeira distante. Levanta-se – verde. O burburinho da água canta uma ode à sua nudez (à sua vagina).
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