julho 16, 2006

e eu bati na retrocedência
a confusão
pois sem saídas me coloquei rasgado
entre as paredes
e placas de proibido fumar
que você atirou em mim
tão tranqüilamente
feito um fósforo apagado
na pele desafinada
dos meus desencantos de poeta
sem campos harmônicos
que em cantos improváveis da sala de música
quando rebater os ritmos
fez reverberarem as retrocadências
confusão pela confusão simplesmente
convulsão poética
da mentira decadente
não poderia terminar tudo sem te dizer
não
não escute
a lua
no céu azul às três horas da tarde
enquanto tomas café gelado
não escute
as ardências dos machucados sangrando
e querendo dormir
derreta ligações mas não escute
o bate bate da minha indecência
para manter juntas
as palavras as mp3s e os pedaços de pizza
em um liquidificador com coca-cola

Um comentário:

Anônimo disse...

queremos mais poemas recém-escritos!