E o brilho. Como se do descomeço
surgisse um começo desmedido.
Como se, com nossos passos de dança
desafinados, pudéssemos fugir de casa
e invadir jardins de inverno alheios.
Como se nós, alheios às outras estações
(acima das estrelas, acima das nuvens,
acima das taças vazias trincadas),
brilhássemos sozinhos. Como um doce.
E se caindo acima da existência da noite
pudéssemos entender a melodia?
E ir para casa se esconder do frio.
Um comentário:
como os doces ficam mais brilhantes,
as palavras ficam mais doces,
e nós nos misturamos às palavras.
as coisas mais gostosas do mundo,
os sorrisos mais fofos,
mais gostosas e mais fofos que antes.
- se o doce antes da mordida já brilhava,
depois deve brilhar mais ainda -
E nós, perseguimos o vento.
(obrigada pela tarde, e pelos sorrisos)
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