março 31, 2006
À palavra escrita deixo todo o meu pranto, todos os cantos dos meus silêncios: minha, a palavra escrita; minha palavra: escriba eu sou; compositor de silêncios, reticências, pausa: temo que nem sempre vemos os termos do silêncio como deveríamos. Nada mais se move, na terra do que sabes, e não demora essa dor, sozinha; sozinho quando se comove: sabes o que eu te digo, pois tenho te visto, embora o último a saber; pobre: cansei de imaginar, menos que tudo, menos sorte, menos até que a menor de todas as rimas & pares variados e não posso mais fingir: se dói, se a fumaça de tabaco que rói algum quarto em Petrogrado também me rói. Não demora essa dor; esse capítulo do inferno, por certo, em passos se apressa a sangrar.
Um comentário:
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