maio 24, 2011

do riso fez-se o pranto
silencioso
e branco como a bruma
das bocas unidas fez-se a espuma
e das mãos espalmadas
fez-se o espanto

da calma
fez-se o vento
que dos olhos desfez a última chama
da paixão fez-se o pressentimento
e do momento
imóvel
fez-se o drama

fez-se de triste
o que se fez amante de sozinho
o que se fez contente

fez-se do amigo próximo, distante
da vida
uma
aventura

errante

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