janeiro 30, 2007
libertinos
As noites bem que poderiam ser mais longas & frias, mais longas frias & absurdas – & nós bem que poderíamos termos mais lareiras mais abraços mais garrafas de vinho: mais calores, digo. As noites bem que poderiam ser mais lúbricas – as tardes deveriam ser mais lúbricas; as manhãs deveriam ser mais lúbricas: os dias deveriam ser mais lúbricos – as noites bem que poderiam ser mais lúbricas – mais longas & frias mais longas & frias mais quentes: bem que poderíamos termos mais garrafas de vinho, bem que poderíamos – quem sabe ficarmos bêbados por longas noites longas frias & quentes: talvez devêssemos fazer mais sexo & talvez acabássemos estuprando a noite da maneira exatamente correta de se estuprar a noite – talvez um blues; talvez um jazz; talvez um gemido, um grito alto. Talvez nas noites frias, nas noites longas, fosse necessário fazer sexo por um bom tempo – & por isso as noites deveriam ser mais longas, as noites mais frias, para que fizéssemos mais sexo ébrio & sorvêssemos a noite um no umbigo do outro – um na genital do outro – adjetivando-nos: lúbricos, telúricos, lascivos, concupiscentes: libertinos.
Um comentário:
hey, libertino... aparece, carajo!
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