e assim nós nos criamos
derradeiro rebanho pós-moderno
perdido desparadeiro
caos caótico fluxo:
informações transformações transmutações
velhos labirintos vanguardistas:
:cubosurrealfutudadá: ismo:
adeus, duchamps tristans
dális picassos bretons
adeus!
adeus, mários oswaldos
andrades bandeiras pessoas
pounds cummings maiakóviskis
adeus!
clonesovelhaszumbisservosrôbos
alienadas máquinas formigas da hipermodernidade
cegas formigas na bosta da hipermodernidade
trem-bala-computador-supersônico-cem-metros-rasos e ainda falta tempo
para assobiar por aí melodias de cimento e concreto
& nas margens de uma página branca pintar brincar com letras
adeus, campos e espaços
augustos ferreiras hélios décios haroldos
cacasos chacais anas torquatos leminskis
adeus, caetanos
adeus!
tímpanos estouram rock barulho música
rock rasgado largado estragado
cagado
baterias antiaéreas guitarras distorcões
rock drogas sexo: retrosaudadesnostalgia:
ídolos mortos vencidos delírios
sonhos não há mais sonhos
não há mais sonhos para
sonhar
adeus, cobains dylans, adeus!
adeus, presleys jaggers berrys
pauls johns lewis davies
adeus, iggys zappas lees reeds
rottens strummers baptistas
adeus!
adeus, punks mods pscicodelias
pós-punks alternativos
poparts bananas warhols
atomicidades de maracatus
adeus!
institulionalização da revolução:
raiva de grife nas vitrines
resistência istali revolutions playboys
playmobilies mídia televisão
briga intriga bunda sexo futebol novela
na hipermodernidade:
a merda da
adeus, eletroacústicas e dodecafonias
erudições transgrições atonalizações
dissonâncias populares brasileiras: bossa
samba lundu chorinho jazz
adeus, joãos antônios fransciscos
perdidos entre desomenagens banaliregravações
mixagens & eletroD(J)estruições
adeus, noéis cartolas caldas
estrelas pelas telhas de zinco
adeus!
rouba pouca qual louca tonta história
sentado encaro por muito tempo o tempo do tempo
muito sentado tempo
circunpoeta de informação ilha de ignorância sou
desmontando discursos no fluxo sons & imagens & palavras antidesconexas
um dia forte
um dia foste
o mar
o meu mar
eis o sertão:
já não sou mais mar
nadam agora neoconservadores liberais do transvanguardismo
alusão a ilusão de que nos farão esquecer com um só adeus
as coisas que todas não podemos esquecer
nadam agora prostitutas da baixaria cultural pobres putas tristes:
nada saber já que tudo não se pode saber e deus cobra caro a salvação
o sol se põe
mais um dia hiper da velozmodernidade três segundos de ar
vivo ao inverso reverso reduzo velocidade quase pára a música
desligo a energia & desfruto por alguns instantes minha pré-história:
crio palavras vivas que criam seus próprios ídolos mortos
enquanto descanso meu lapso intervalo do pós neo mundo: póstudo
5 comentários:
Já eu não costumo gostar das coisas que eu esrevi há algum tempo atrás.
eca de ler coisas velhas...
tô com saudades também... chego em floripa amanhã, vai estar por lá qualquer dia desses?
abraço...
não; só um tantinho mais romântica que o normal (que não adquire característica romântica)
você sabe como é, o realismo; voltar ao romantismo é um tantinho emocionante - ou estaria eu embarcando em uma fase pré-modernista?
Meu comentário talvez não mereça tanta consideração ( o porquê já sabes...) Mas devo dizer: parabéns ao grande artista que és. Adorei teu trabalho. Futuro brilhante...
Beijo
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